CARTA ABERTA AOS MEMBROS DE NÚCLEOS E
GRUPOS DE ORAÇÃO DA RCC DA DIOCESE DE ITAGUAÍ
GRUPOS DE ORAÇÃO DA RCC DA DIOCESE DE ITAGUAÍ
Amados e Amadas em Cristo Jesus:
“Não julguem pelas aparências, mas conforme a verdade” (Jo 7,24).
“A verdade libertará vocês” (Jo 8,32).
-“Não julguem pelas aparências, mas conforme a verdade” (Jo 7,24).
“A verdade libertará vocês” (Jo 8,32).
Durante anos tive a imerecida graça de atuar como Orientador Espiritual da RCC em nossa Diocese, primeiro por designação de nosso bispo emérito, Dom Vital Wilderink e, depois, confirmado por nosso querido bispo atual, Dom José Ubiratan.
Durante aqueles anos tive a oportunidade de presidir Missas e ministrar ensinamentos em praticamente todas as paróquias de nossa Diocese onde a RCC se fazia presente. Nunca, em nenhuma dessas oportunidades usei do púlpito ou do microfone para pedir votos para qualquer candidato e nem para pedir que não votassem em outros. Mas vou fazê-lo agora!
Na verdade, pedirei – do fundo do coração – que, mais do que votar em Fulano ou Cicrano – votemos contra nosso Inimigo comum que “é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8,44). Quem está com ele não sente nenhum pudor em usar o Evangelho e a própria Igreja para atingir seus (pérfidos) objetivos.
Na campanha eleitoral para o primeiro turno tudo isto ficou bem claro. Todo dia vários emails invadiam nossas caixas postais acusando a candidata do PT de, se eleita, implantar o aborto, legalizar o chamado “casamento gay”, legalizar as drogas. Inventaram que ela blasfemou usando o santo Nome de Cristo. Inventaram que seu vice (Michel Temer) era fundador de uma seita satânica.
Divulgaram a opinião de um ou outro bispo como se fosse diretriz da CNBB, mentira esta denunciada pela própria Conferência. No entanto, “Não é bom para a democracia que alguns decidam pelos outros (...) Mas é pior ainda para a religião, seja qual for, pressionar os seus adeptos para que votem em determinados candidatos, ou proibir que votem em determinados outros em nome de convicções religiosas. A religião que não é capaz de incentivar a liberdade de consciência dos seus seguidores, que se retire de campo. Seja quem for, bispo, padre, pastor, ninguém se arrogue o direito de decidir pela consciência do outro." (Dom Demétrio Valentin, presidente da Cáritas Brasileira).
A direção nacional do nosso conhecido CEBI (Centro de Estudos Bíblicos) publicou uma nota onde afirma “Reconhecemos que as duas candidaturas que disputam o 2º turno têm posturas próximas do ponto de vista econômico, ambiental, ético, moral e religioso. Entretanto, entendemos que a candidata do PT ainda significa a possibilidade de maior investimento no campo social e de menor perseguição às lutas populares” (www.cebi.org.br).
O teólogo José Comblin, numa carta a Demétrio Valentin, pede uma posição mais clara da CNBB e afirma que “milhões de pobres votaram e vão votar na candidata do governo porque a sua vida mudou. Pela primeira vez na história do país viram que um governo se interessava realmente por eles e não somente por palavras. Não foi somente uma melhoria material, mas antes de tudo o acesso a um sentimento de dignidade”.
A verdade está vindo à tona. Uma a uma as mentiras estão sendo desmascaradas. Pretendo humildemente ser mais um instrumento desse resgate.
Ao terminar, deixo claro que escrevi estas linhas pressionado pelo ódio à mentira e desejo do melhor para o Povo de meu país, especialmente os empobrecidos. Não consultei e nem apresentei esta carta a Dom Ubiratan e nem ao atual Orientador Espiritual da RCC na Diocese, o Revmo. Pe. Sergio.
Que Deus dê a esta carta o destino mais útil ao Seu Projeto.
De quem muito vos ama.
Pe .Antonio Carlos Galrão Leite Sobrinho
Um comentário:
“Não é bom para a democracia que alguns decidam pelos outros (...) Mas é pior ainda para a religião, seja qual for, pressionar os seus adeptos para que votem em determinados candidatos, ou proibir que votem em determinados outros em nome de convicções religiosas. A religião que não é capaz de incentivar a liberdade de consciência dos seus seguidores, que se retire de campo. Seja quem for, bispo, padre, pastor, ninguém se arrogue o direito de decidir pela consciência do outro." (Dom Demétrio Valentin, presidente da Cáritas Brasileira).
Será que o Padre Antonio não vê que o texto acima se aplica a ele também?
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