As cidades de Angra dos Reis, Rio de Janeiro e Campos dos Goytacazes ficaram no topo da lista de municípios do Estado mais vulneráveis à dengue e a outras doenças quando relacionadas a questões climáticas. Elas registraram índices superiores a 0,85, numa escala que vai de zero a um, entrando no grupo de alta vulnerabilidade para leptospirose, leishmaniose, diarreia para menores de cinco anos e, principalmente, dengue, conforme apontou o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
A informação consta na avaliação da vulnerabilidade da população do Estado do Rio de Janeiro aos impactos das mudanças climáticas nas áreas social, de saúde e de ambiente. A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (24), foi feita pelo Instituto Oswaldo Cruz em parceria com a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro.
Segundo pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), se levados em consideração fatores como temperatura, precipitação (chuvas), serviços de saúde disponibilizados à população, condições de moradia, entre outros, em cenário para os próximos 30 anos, essas três cidades - Angra, Rio e Campos - vão sofrer com epidemias constantes, se o poder público não implementar medidas para garantir o controle dessas doenças.
De acordo com Martha Barata, coordenadora geral do levantamento, na pesquisa, os cenários mostram que essas enfermidades podem aumentar ou diminuir, conforme as incidências climáticas. Segundo ela, o ideal seria os gestores públicos criarem condições para que, mesmo com adversidades naturais, tanto a dengue como a leptospirose, a leishmaniose e outras doenças fiquem dentro de níveis considerados adequados.
- As doenças que nós consideramos são aquelas que podem aumentar ou reduzir de acordo com a variação da temperatura. Para isso, analisamos cenários de anomalias climáticas. Também consideramos as doenças que são mais afetadas por outros fatores, como as qualidades das infraestruturas de saúde do local, qualidade ambiental do local e as próprias condições sociais do município. O município que tem maior potencial de ter criadouros ou possui hospitais com poucas estruturas têm maior possibilidade de propagar essas doenças, mas é importante que os gestores públicos implementem medidas para que a população não sofra com essas variações e a dengue, por exemplo, fique dentro de padrões considerados normais -, ressaltou a coordenadora.
Fonte: R7.com.br
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