Comissão de moradores dos morros se reúne com representantes dos governos municipais e estaduais.

Nesta sexta feira (28), a Comissão de Moradores dos morros da Carioca, Glória I, Glória II, Caixa D’ Água e Monsuaba se reuniu com a secretária estadual de meio ambiente, Marilene Ramos, com vereadores de Angra e o prefeito para discutir o assentamento das famílias que tiveram suas casas demolidas ou interditadas por causa das chuvas do começo do ano. Agendado pela bancada do PT, com a ajuda do deputado federal Luiz Sérgio, o encontro foi pautado nas reivindicações da comissão de moradores.

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O Dr. Ilson Peixoto, vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Habitação da Câmara, vem trabalhando para ajudar na reconstrução de Angra e aumentar o diálogo entre a população e a Prefeitura. O parlamentar, que concorda com os questionamentos feitos pela comissão de moradores quanto ao tamanho dos apartamentos que serão construídos.

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- Marilene Ramos poderia ter dedicado mais tempo aos moradores. Na reunião com os moradores ela também poderia ter sido mais calma e elegante com as pessoas. Um dos grandes problema deste projeto de assentamento que está sendo implantado em Angra é que ele foi feito para atender moradores de favelas dos grandes centros, o que não é o caso da nossa cidade. Algumas famílias vitimadas com as chuvas do começo do ano não se enquadram nesses apartamentos. A Carioca, por exemplo, é um bairro e não uma favela. Boa parte das casas demolidas e interditadas tem valor mais alto do que o valor máximo previsto pela indenização e os apartamentos são menores do que prevê o código de obras do município – informou o vereador Dr. Ilson Peixoto.

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O tamanho dos apartamentos e o valor das indenizações são as questões mais debatidas pela comissão de moradores. A área ocupada pelos blocos e sua altura, assim como a dimensão da moradia não correspondem às medidas estabelecidas pelo código de obras do município.

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Foi com base neste argumento que a comissão de moradores questionou a construção das novas moradias. Marilene Ramos apoiou a possibilidade das famílias receberem indenizações ou de fazerem a compra assistida de suas casas (o que garante que as moradias compradas não estejam em áreas de risco ou de preservação ambiental). A secretária também se comprometeu a informe, oficialmente, a possibilidade de aumentar as dimensões dos apartamentos.

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O grande avanço desta reunião foi o fato de Marilene Ramos ter se comprometido a atender a comissão em outra reunião. O encontro será agendado pela bancada do PT, que já está trabalhando para que seja realizado o mais rápido possível.

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- Desde o principio as decisões vem de cima pra baixo, sem que a população fosse ouvida. Só agora, no meio processo e graças à organização das comunidades em comissões, é que a população está conseguindo ser ouvida. As conversas com a Comissão da Prefeitura de acompanhamento da reconstrução da cidade são demagogia, nenhum ganho real é retirado dali. Só conseguimos avançar na negociação e ser ouvidos porque há irregularidade na construção das casas. Caso contrário, seríamos obrigados a aceitar o que a Prefeitura decidir impor – disse Fernando Miguel, arquiteto que assessora a comissão de moradores do Morro da Carioca.