quinta-feira, 17 de março de 2011

Enchentes voltam a ser discutidas pelos vereadores

Os alagamentos no Parque Mambucaba voltaram à pauta de reuniões da Comissão de Finanças, Orçamento, Saneamento, Habitação, Obras e Serviços Públicos e dos Direitos do Trabalhador e do Consumidor, da Câmara de Angra. Na manhã desta quinta-feira, dia 17, os vereadores Dr. Ilson Peixoto, Leandro Silva, Parente e Cordeiro, se encontraram no Plenário com moradores do bairro e representantes do INEA e da Secretaria de Meio Ambiente.

No primeiro momento, Cássio Veloso, subsecretário de Desenvolvimento Urbano da prefeitura, informou que nenhuma obra será feita no Parque Mambucaba até que um estudo hidrográfico seja realizado.

Dona Ester, uma das mais antigas moradoras do bairro, interveio ressaltando que o que os moradores querem são atitudes concretas.

- A prefeitura está brincando com vidas. O nosso problema já deveria ter sido resolvido há 28 anos. Este tipo de conversa não procede mais. Nós queremos ver a atitude da Prefeitura, não queremos mais ouvir balela -, disse.
O vereador Dr. Ilson Peixoto, reforçou a necessidade de o governo municipal colocar como prioridade a situação do Parque Mambucaba, assim como colocou os Morros da Carioca e do Tatu.
- Nós temos que convencer o prefeito a olhar o sofrimento daquela comunidade. E quem convence o prefeito são os moradores. Nós não podemos deixar o assunto morrer -, destacou.
O parlamentar ainda levantou a necessidade de se congelar as obras no Parque Mambucaba, assim como as drenagens que não funcionam, questão defendida também pelo representante da prefeitura.
- Quanto mais obras irregulares existem no bairro, mais a prefeitura encontra dificuldade para cuidar do que já existe -, afirmou Cássio.
Marcelo, representante da Associação Comercial do Parque Mambucaba, salientou que as explicações do executivo não convencem mais.
- Não é a primeira nem a segunda enchente. Nós, comerciantes, assim como toda a população, sofremos muito e temos tido muitos prejuízos. Precisamos sair do discurso e colocar em prática ações que resolvam o problema do bairro -, defendeu.
O representante do INEA, Júlio Avelar, informou que o órgão trabalha em cima de pedidos concretos, não em cima de intenções, como as que a prefeitura tem apresentado.
- Há estudos prontos sobre os Rios Mambucaba e Perequê, mas não há nenhum projeto. Em julho de 2010, a Prefeitura foi notificada para apresentar projetos, assim como no dia 2 de março deste ano, onde recebeu 820 dias para apresentá-los. Quando o projeto está redondinho o processo é rápido, como no caso do Morro do Tatu, liberado em apenas 15 dias -, disse Júlio, que voltará a participar na próxima quinta-feira, 24, da reunião da Comissão.

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