Empregados do estaleiro Brasfels decidiram ontem (31), encerrar a greve iniciada no dia cinco de maio. Após quase um mês de paralisação, os metalúrgicos decidiram aceitar o reajuste salarial de 8,1% e uma PLR de R$ 1,4 mil, paga em três vezes: 40% em junho e 30% nas entregas de duas encomendas feitas ao estaleiro.
A reivindicação original dos metalúrgicos era de reajuste de 11%, ticket-alimentação de R$ 220 e bônus de R$ 2.000. Na última rodada de negociação, antes da greve, os trabalhadores reduziram suas reivindicações para 9% de reajuste, R$ 200 de ticket alimentação e R$ 1.500 de bônus, ainda assim, não houve acordo.
O vereador Ilson Peixoto sempre demonstrou seu apoio aos trabalhadores, pois sabe a importância das reivindicações da categoria,
- Todos nós estávamos ansiosos. Quem manteve a dureza foram os donos dos estaleiros. Espero que eles reconheçam o valor dos metalúrgicos da indústria naval - declarou o parlamentar após o fim da greve.
Um dos motivos que contribuiu para o fim da paralisação foi a ameaça da Justiça do Trabalho de decretar a ilegalidade da greve, por meio de liminar, o que praticamente obrigou o Sindicato e os trabalhadores a aceitar a proposta final da empresa Keppel Fels. Para tentar minimizar as dificuldades financeiras dos metalúrgicos, o Sindicato vinha buscando parcerias para fornecer Cestas Básicas aos trabalhadores que mais necessitam.
A empresa também fez uma proposta para os 24 dias parados durante a greve: oito dias serão abonados, quatro serão descontados em maio, quatro em junho, e os oito restantes serão repostos durante os próximos feriados "emendados", quando normalmente os trabalhadores "enforcam" um dia útil, se a data cai numa terça ou quinta-feira.
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