quarta-feira, 24 de março de 2010

Dr. Ilson Peixoto entrega relatório sobre as más condições dos Módulos de Saúde do Parque Mambucaba ao presidente da FUSAR


Na última segunda-feira (22), o Vereador Dr. Ilson Peixoto se reuniu com o Presidente da Fundação de Saúde de Angra dos Reis (FUSAR), Dr.Adilson Bernardo, para entregar o relatório sobre as condições precárias dos Módulos de Saúde do Parque Mambucaba (Quarto Distrito de Angra dos Reis) visitados por ele no dia 09 de março de 2010. As seis unidades verificadas pelo Dr. Ilson Peixoto apresentaram problemas estruturais e de funcionamento, o que implica diretamente na qualidade dos atendimentos realizados. A maioria dos módulos não conta com médicos responsáveis e o atendimento é feito pelos profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), mesmo assim, não é suficiente. Faltam vagas para atender os hipertensos e diabéticos. Em alguns módulos, não há material para exames básicos como o preventivo.
Durante o encontro foi discutido também, a situação da Santa Casa de Misericórdia de Angra dos Reis e a questão da vacinação dos profissionais de saúde contra o vírus H1N1. Segundo Dr. Ilson, a Santa casa conta com centros cirúrgicos deficientes, a fila de espera é grande e várias cirurgias estão atrasadas devido à falta de material como anestesia .Várias Ações emergenciais a médio e a longo prazo foram discutidas para a melhoria desses locais de saúde.

Abaixo os principais problemas de cada Módulo:

• Módulo I

A unidade atende um número de famílias muito superior ao que sua capacidade e não possui médico em seu quadro desde junho de 2009. O atendimento é feito por médicos do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
O clínico geral faz 16 atendimentos por semana e a agenda medica é aberta, quando há possibilidade, a cada 15 dias. No dia em que o vereador fez a visita, o módulo possuía apenas 30 kits para coleta de preventivo. A unidade também apresenta problemas estruturais graves, suas salas apresentam mofo e infiltrações. Por falta de espaço físico, a estufa fica na rouparia, onde também há um vaso sanitário. Triagem e vacina também são feitas em uma mesma sala. A unidade também não tem armários suficientes para guardar matérias de curativo e seu sistema de informática não funciona.






• Modulo II

O módulo está sem médico responsável, o atendimento é feito por médicos do NASF. São realizados 16 atendimentos por clínico geral, 10 por puericultura e oito por pediatria. O atendimento aos hipertensos e diabéticos é limitado, são 36 vagas para 360 pacientes e não há especulo para colher o preventivo. Duas micro-áreas estão sem ACS (agente de saúde), a marcação de consulta é feita só nas sextas-feiras, há poucos assentos para os pacientes e os existentes estão em péssimo estado de conservação. A estufa fica na cozinha, ao lado do fogão, e a sala de curativo fica na varanda. O sistema de informática da unidade também não funciona. O proprietário da casa se recusa a renovar o contrato de locação, que termina em março.








• Módulo III

O médico da unidade está de férias e o atendimento é feito por um substituto (Dr. Marcos). A casa onde funciona o módulo é mais baixa que o nível da rua, o que resulta em alagamentos constantes. Em conseqüência, vários prontuários que, por falta de suporte estavam armazenados no chão, foram perdidos em janeiro deste ano. Já na entrada da unidade pode-se notar muito mofo na edificação, o que se repete em todos os cômodos, se intensificando na parte mais próxima do chão. A unidade não tem estrutura para fazer preventivo, pois não tem especulo para a coleta do material. O vaso sanitário está entupido, a água da pia da cozinha não é encanada e corre a céu aberto, causando muito mau cheiro. Faltam cadeiras para sala de espera e reuniões com os pacientes. O banheiro dos pacientes não tem acabamento. O módulo também não tem bebedouro, o que leva os funcionários a usar o próprio dinheiro para comprar água para eles e os pacientes. Uma micro-área está sem agente de saúde há mais de um ano, sobrecarregando as outras áreas.







• Módulo IV




A unidade de saúde esta sem médico responsável, pois a profissional que ocupa o cargo (Drª Maria José) está afastada há nove meses por problemas de saúde. São realizados 16 atendimentos por semana e a marcação é feita todos os dias, de acordo com vagas. A unidade não tem cadeiras suficientes para acomodar os pacientes na fila de espera e durante as palestras realizadas no módulo. O banheiro dos pacientes não tem pia, o armário da sala de curativo caiu devido à umidade e os armários restantes não são suficientes para o armazenamento de todos os utensílios. As paredes da sala do médico têm mofo do teto ao chão, o que também acontece em seu armário. A sala da enfermeira também está tomada pelo mofo e não tem armário. Falta material para colher preventivo e a iluminação não é adequada para examinar os pacientes. Além dos problemas apresentados, o sistema de informática da unidade não funciona.









• Módulo V
A unidade de saúde tem problemas estruturais, a laje da varanda possui ondulações. A casa tem dois pavimentos, mas apenas um pode ser usado. Tem mofo na sala de curativo e triagem, a nebulização é feita no mesmo espaço do curativo. A sala do médico é pequena. O esgoto da caixa de gordura sempre transborda.








• Módulo VI

A má conservação da rua, que tem muitos buracos e alaga por causa da chuva, dificulta muito o acesso ao módulo de saúde. A unidade está sem enfermeiro e o atendimento médico é feito por profissionais do NASF, que o fazem em uma sala que tem infiltração e está tomada pelo mofo. A cozinha, a sala de nebulização e os corredores também estão com infiltração e muito mofo. O sistema de informática desta unidade também não funciona.




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